Falar sobre menstruação ainda é um tabu em muitos países, incluindo o Brasil.
Qual mulher nunca disse que está “naqueles dias” ao menstruar, ou, ainda, que falou baixinho e pediu um absorvente emprestado para a amiga ao ser surpreendida por seu ciclo menstrual?
Qual mulher durante o período da adolescência, nunca se sentiu envergonhada e não soube o que fazer quando teve a roupa manchada – na escola ou em uma festinha? Ainda hoje vemos nos tradicionais comerciais de absorventes descartáveis, o sangue sendo representado por um líquido azul. A menstruação em si é vista como suja, uma espécie de “pecado”, algo que, acredite, ainda está longe de ser normalizado.
E o que dizer da tão “conhecida” tensão pré-menstrual?
De mulheres que sofrem preconceitos diariamente devido ao comportamento assertivo ou a objetividade durante uma reunião ou na vida profissional em si e, que, volta e meia escutam “Está na TPM?”, como algo negativo? Ou, de mulheres que ao sentirem cólicas, dores no quadril, nos seios e de cabeça, durante o ciclo menstrual, são vistas como “frágeis demais” – alguns ainda acham que é mentira ou “frescura”. Desde quando a fragilidade é algo ruim?
E por que essas dores não são vistas como normais e não recebem a mesma atenção que as outras?
Todos esses exemplos que citamos aqui são apenas algumas das situações que as mulheres passam durante o ciclo menstrual. E vai dizer, mulher que está aí, lendo este post, chega uma hora que cansa, não é? Por isso o autoconhecimento e a naturalização da menstruação é essencial para acabarmos com esses estigmas e termos uma relação mais saudável com nosso corpo e com a natureza durante esse período.
Buscar informações sobre seu ciclo menstrual é uma forma de se conectar consigo mesma Menstruar é natural e deve ser tratado com naturalidade. É um processo bonito, repleto de conexão e aprendizados. E não há nada melhor do que buscar informações e analisar seu ciclo menstrual para aprender mais sobre si. Será que seu fluxo menstrual é tão intenso assim, como imagina?
E o cheiro forte que você sente durante o período: é do sangue em si ou do contato dele com os absorventes descartáveis?
Há pouco tempo poucas mulheres paravam para pensar de fato sobre essas duas perguntas. Até porque, diante das informações disponíveis sobre a menstruação até então, e de todo o tabu que envolve o assunto, não faz sentido se questionar. Fomos ensinadas pela sociedade, que a menstruação fede. Vemos o sangue no absorvente tradicional e achamos que é muito – quando, na verdade, pode não ser.
Mas o espaço para esses e muitos outros questionamentos começou a crescer devido ao surgimento dos coletores menstruais e dos absorventes reutilizáveis, opções mais sustentáveis que proporcionaram um novo olhar acerca da menstruação e do impacto negativo causado pelos absorventes descartáveis na natureza. Se antes estávamos limitadas aos absorventes tradicionais e de como nosso corpo se comportava durante o uso dos mesmos, agora já conseguimos ver nosso ciclo menstrual com outros olhos e nos atentarmos a fatos muito importantes para nossa saúde e a saúde do nosso planeta.
Os protetores menstruais de algodão contêm substâncias que alteram o odor e o aspecto do sangue. Os produtos químicos encontrados nesses absorventes descartáveis produzem um cheiro bem característico e, devido a proliferação de microorganismos, se torna enjoativo e, para muitas pessoas, nojento. Além disso, por meio dos absorventes tradicionais não é possível ter uma noção exata do fluxo menstrual.
O sangue tende a se espalhar e a inchar e, aí, temos a percepção de que o fluxo é mais intenso do que ele realmente pode ser – mas, deixando claro, isso não significa que não existam fluxos intensos. O que queremos dizer é que a nossa percepção da menstruação no protetor tradicional geralmente é diferente da que temos ao usarmos outros métodos, como o famoso “copinho” ou os absorventes de pano.
O impacto dos absorventes descartáveis no meio ambiente Segundo pesquisas, uma pessoa tem cerca de 450 ciclos menstruais durante a vida. Se ela usa apenas produtos descartáveis durante os períodos, pode gerar um lixo de aproximadamente 150 kg – e o impacto disso na natureza é muito grande. Por isso opções sustentáveis têm sido cada vez mais buscadas. O coletor menstrual e os absorventes reutilizáveis, feitos de tecido, são um exemplo disso.
O que é um coletor menstrual?
O coletor menstrual, também conhecido popularmente como “copinho” é um protetor menstrual reutilizável, feito de silicone medicinal. Quando bem conservado, pode durar muitos anos. Ele não interfere no equilíbrio da vagina e não absorve, apenas coleta o fluxo menstrual.
Diferentemente das opções tradicionais, feitas de algodão, o coletor não absorve seu muco vaginal e a sua lubrificação natural é mantida, dessa forma você fica menos suscetível a infecções.
Como escolher o tamanho do coletor menstrual
Geralmente as marcas disponibilizam informações adicionais, que ajudam na escolha do tamanho.
A Yuper , marca dos coletores menstruais que você encontra na loja online da Biouté, indica o seguinte: Opte pelo S se: você for virgem, tiver um fluxo leve ou moderado, não tiver filhos e tiver entre 20 e 25 anos. Escolha o M se: tem entre 19 e 29 anos e fluxo normal. Se tiver filhos, estiver entre os 30 e 35 anos de idade, se o seu fluxo menstrual for intenso e se o colo do útero não for muito baixo opte pelo L.
O que é um absorvente reutilizável
Os absorventes reutilizáveis são feitos com tecidos inteligentes impermeáveis, garantindo a absorção do sangue com conforto e praticidade. O tecido é macio, ele tem formato anatômico e se ajusta à calcinha por meio de botões, diminuindo o risco de vazamentos.
Aqui na Biouté você também encontra os absorventes reutilizáveis da Korui, saiba mais sobre os tamanhos: Os absorventes mini têm cerca de 17 centímetros e são indicados para fluxos leves ou como proteção extra caso você use o coletor menstrual. Já os absorventes normais medem cerca de 21,5 centímetros e são ideais para fluxos moderados e intensos. Os dois modelos possuem camada externa em poliamida, camada escondida em PUL (tecido impermeável e respirável).
O mini contém duas camadas super-absorventes, enquanto o normal possui três camadas absorventes e uma interna. Viu como aprender sobre seu ciclo menstrual faz bem para você e para a natureza?
Uma forma de desmistificar a menstruação e de torná-la um assunto natural é falando sobre, pesquisando, tirando dúvidas e conversando com outras pessoas. Então evite dizer que “está naqueles dias”; não tenha medo de dizer que está menstruada – é um processo natural e muito bonito, que deve ser respeitado e visto com muito amor.